terça-feira, 26 de outubro de 2010

O primeiro medicamento oncológico nacional

O Aveloz (Euphorbia tirucalli, nome científico) é uma planta de origem africana encontrado no Brasil nas regiões Norte, Nordeste, Sul e Sudeste. A sabedoria popular passou a utilizar as propriedades medicinais do Aveloz no tratamento de doenças. A partir de 2006, o laboratório Amazônia Fitomedicamentos, em parceria com os institutos referenciados, passou a desenvolver os estudos com o Aveloz, isolando o suco (látex) retirado da planta e controlando sua toxicidade. A substância foi sintetizada no Brasil a partir da planta e ganhou o nome de AM 10. Na fase pré-clínica, foi confirmada a existência de propriedades eficazes no combate de tumores cancerosos em células e animais. O Dr. Pianowski explica que, na primeira fase, o trabalho teve o objetivo de identificar e comprovar o nível de toxicidade da substância e como ela realmente age no organismo humano. A pesquisa também revelou que o Aveloz tem uma capacidade antiinflamatória e analgésica que está diretamente relacionada à inibição do crescimento das células tumorais.
A conclusão dos estudos sobre a ação do princípio ativo em células tumorais no organismo humano dependerá ainda de uma terceira fase, em que o medicamento terá que comprovar sua eficácia em um grande número de pacientes. A partir de então, o estudo apontará para a descoberta de uma nova opção terapêutica para o tratamento do câncer e uma grande esperança no combate à doença. "Se a eficácia do AM10 for comprovada nos próximos estudos, ele poderá se transformar no primeiro medicamento oncológico nacional, desenvolvido a partir de uma erva amazônica, levando qualidade de vida para pacientes que sofrem com a doença", finaliza Pianowski.

"Isolamos uma parte das substâncias do Aveloz (planta medicinal) e concluímos a fase pré-clínica com os testes em células e animais. Com os resultados positivos, vamos agora ministrar o princípio ativo para pacientes e verificar a eficácia do medicamento", explica o coordenador da pesquisa, Dr. Luiz Pianowski. "Descobrimos que o AM 10 tem uma ação citotóxica, ou seja, que mata as células, e outra apoptótica - que incentiva o suicídio delas. Mas observamos também uma ação seletiva da substância, focada em células modificadas (cancerígenas), ou seja, ela mata mais células tumorais do que células vivas", complementa.
Esta ação seletiva representa um grande benefício para o tratamento de pacientes com câncer e uma vantagem do fitomedicamento em relação às terapias tradicionais. Em quimioterapias, as substâncias administradas matam as células cancerígenas mas também as sadias.
http://www.alanac.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3928:primeiro-fitoterapico-totalmente-brasileiro-para-o-tratamento-de-cancer-de-mama-esta-em-fase-avancada-de-pesquisa-maxpress-sao-paulosp-feminina-&catid=:noticias-do-setor










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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O PREMIO NOBEL DE FISIOLOGIA OU MEDICINA

Alfred Nobel tinha um interesse ativo na pesquisa médica. Através do Karolinska Institutet, entrou em contato com o fisiologista sueco Jöns Johansson volta de 1890. Johansson trabalhou no laboratório de Nobel, em Sevran, França por um tempo esse ano. Fisiologia ou Medicina foi a área terceira área do prêmio que Nobel mencionou em seu testamento.

Em 1901, Emil von Behring recebeu o primeiro Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina por seu trabalho em soroterapia, em particular para seu uso no tratamento da difteria. O prêmio de Medicina  posteriormente destacou uma série de descobertas importantes, incluindo engenharia de penicilina, genética e de tipagem sangüínea.
O Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina é concedido pela Assembléia Nobel do Instituto Karolinska.

Premio Nobel de Medicina 2010
 O pesquisador britânico Robert Edwards ganhou o Prêmio Nobel de Medicina 2010 por suas pesquisas sobre a fecundação in vitro, comunicou nesta segunda-feira o Instituto Karolinska. Edwards, 85, professor emérito da Universidade de Cambridge, começou a trabalhar com fertilização in vitro no começo dos anos 50. Ele desenvolveu a técnica em que óvulos são fertilizados fora do corpo humano e implantados no útero. A pesquisa foi realizada com o cirurgião ginecológico Patrick Steptoe, que morreu em 1988.
 "As realizações de Edward tornaram possíveis tratar a infertilidade, um problema de saúde que aflige mais de 10% de todos os casais do mundo inteiro", afirmou o Instituto Karolinska, responsável pelo Nobel, em nota. De acordo com o médico Fraietta, são feitos mais de 300.000 ciclos de fertilização in vitro por ano no mundo – só no Brasil, são mais de 5.000. “Isso significa que nascem cerca de 2.500 crianças todos os anos no nosso país por conta dessa técnica”, diz Fraietta.
http://nobelprize.org/nobel_prizes/medicine/

Ciência comprova a ação antiinflamatória da Copaíba

Mais uma vez a Ciência comprovou a eficácia de uma planta largamente usada na medicina popular. Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP) da USP constataram que o óleo de copaíba apresenta ação antiinflamatória. Esse potencial se mostrou duas vezes maior que o encontrado no diclofenaco de sódio, um dos medicamentos mais utilizados no mercado. O estudo, realizado em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, teve seus resultados depositados para patente.
http://www.usp.br/agen/bols/2006/rede1879.htm

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mario Vargas Llosa e o discurso sobre a cultura

Mario Vargas Llosa foi aplaudido de pé ao entrar no palco do Fronteiras do Pensamento na noite de 14 de outubro. Com o Salão de Atos da UFRGS totalmente repleto, o Nobel de Literatura 2010 iniciou sua conferência agradecendo o carinho do público do Fronteiras que, segundo as palavras do próprio autor, recebe tão ilustres pensadores e artistas.
O escritor peruano dedicou sua conferência à noção de "cultura", fazendo uma crítica aos rumos dados a esse conceito graças à antropologia, à sociologia e ao pensamento dos intelectuais pós-modernos como Michel Foucault e Jacques Derrida, aos quais fez duras considerações. Para Vargas Llosa, a noção de cultura foi adquirindo diversos significados e matizes ao longo da história: ela já foi inseparável da religião, da
filosofia grega e do direito romano. No Renascimento, a "cultura" era impregnada de literatura e artes; e, com o Iluminismo, ela foi finalmente associada ao conhecimento científico.
A noção de cultura
Apesar dessas variações históricas, Llosa defendeu que "cultura" sempre significou a soma dos fatores e das disciplinas que a constituíam: a reivindicação de novas ideias, valores, conhecimentos históricos, religiosos, filosóficos e científicos, bem como o fomento de novas formas artísticas e campos do saber. A cultura sempre estabeleceu hierarquias sociais entre quem a enriquecia e a fazia progredir e quem a desprezava
ou era excluído por razões sociais e econômicas. “Em uma sociedade, em todas as épocas históricas, havia pessoas cultas e incultas e, entre ambos os extremos, pessoas mais ou menos cultas ou mais ou menos incultas. Essa classificação ficava bastante clara em um mundo onde tudo era regido por um mesmo sistema de valores, critérios culturais e maneiras de julgar, pensar e se comportar”, disse o peruano. Para Llosa, a noção de cultura atual se estendeu tanto, que se esvaiu. Assim, "hoje, todos somos cultos, embora muitos nunca tenham sequer lido um livro ou assistido a um concerto."
A ciência contra a cultura
Mario Vargas Llosa aponta a antropologia, dentre outras áreas, como aquela responsável pela confusão em que a noção de cultura se encontra. Os antropólogos, inspirados pela melhor fé do mundo, numa vontade de compreensão das sociedades mais primitivas que estudavam, estabeleceram que "cultura" era a soma de crenças, conhecimentos, linguagens, costumes, sistemas de parentescos e usos. Ou seja, tudo aquilo que um povo faz, diz, teme ou adora. “Essa definição buscava, entre outras coisas, sair do etnocentrismo racista daquilo que o Ocidente não se cansa de se acusar. O propósito não podia ser mais generoso, mas sabemos que o inferno está cheio de boas intenções”, ironizou o conferencista. Segundo ele, uma coisa é crer
que todas as culturas merecem consideração, já que, sem dúvida, em todas elas há contribuições positivas à civilização humana. Outra coisa é crer que elas, pelo simples fato de existirem, se equivalem.
A cultura popular
Para o escritor, foi a busca do politicamente correto que terminou por nos convencer de que é arrogante, dogmático, colonialista e até racista falar em culturas inferiores e superiores, modernas e primitivas. Conforme essa crença, todas são iguais -expressões equivalentes da maravilhosa diversidade humana.
Por sua parte, os sociólogos, empenhados em fazer crítica literária, teriamincorporado a "incultura" à ideia de cultura, disfarçada com o nome de "cultura popular". O conferencista lembrou a obra do autor russo Mikhail Bakhtin dedicada à cultura popular na Idade Média e no Renascimento. Bakhtin via a cultura popular
como um tipo de contraponto à cultura aristocrática, que brota dos salões, conventos, palácios e bibliotecas. A cultura popular nasce e vive na rua, na taberna, na festa, no carnaval, e, mais ainda, satiriza a aristocracia. Bakhtin e seus seguidores aboliram, segundo Vargas Llosa, as fronteiras entre cultura e incultura e deram ao
inculto uma dignidade relevante. “Como falar, então, em um mundo sem cultura numa época em que naves
construídas pelo homem chegaram às estrelas e a percentagem de analfabetos é a mais baixa de todo o acontecer humano?”, questionou o conferencista, chamando a atenção para o fato de que o número de alfabetizados é quantitativo, enquanto a cultura é qualidade, não quantidade. Llosa também advertiu que é atual a capacidade de reunirmos armas de destruição massiva que podem acabar com o planeta, mas que isso está mais próximo da barbárie do que da cultura.
O especialista e a cultura
O especialista foi definido pelo escritor como um ser unidimensional que pode ser, ao mesmo tempo, um grande especialista e um inculto, porque seus conhecimentos, em vez de o conectarem com os outros, isola-o numa especialidade, que é uma cela no domínio do saber. As minorias cultas, conforme Vargas Llosa, tinham a missão de estender pontes entre as áreas do saber e de exercer influência religiosa ou leiga para o progresso intelectual, garantindo melhores oportunidades e condições materiais de vida. “Elliot dizia que não se deve identificar cultura com conhecimento. A cultura dá sustento ao conhecimento e o precede, imprime-lhe uma funcionalidade precisa”, defendeu o Nobel de Literatura.
Artes e letras
No processo da cultura, para ele, seria equivocado atribuir funções idênticas às letras, às ciências e às artes. A ciência avança aniquilando o velho, antiquado e obsoleto. Para ela, o passado é um cemitério, um mundo de coisas mortas e superadas pelas novas descobertas e invenções. As letras e as artes se renovam, mas
não se fundamentam no progresso, não aniquilam seu passado, alimentam-se dele e o alimentam. “Cervantes segue sendo tão atual quanto Borges, Velázquez está tão vivo quanto Picasso”, exemplificou o escritor.
Isso não quer dizer que a literatura, a música e a arte não mudem e evoluam, mas não suprimem nem superam. A obra artística e literária, aquela que alcança certo grau de excelência, não morre com o tempo – segue vivendo e enriquecendo as novas gerações e evoluindo. É por isso que criavam um espaço de comunicação entre seres humanos de diversas gerações. “Letras e artes constituíram o denominador comum
da cultura”, disse o escritor.
Maio de 68 e a autoridade
No campo da cultura, Mario Vargas Llosa confessou preocupação particular com a educação. Atualmente, nas escolas, docentes ou quaisquer outras formas de autoridade parecem ter convertido os colégios em instituições caóticas e com concentração de precoces delinquentes. Para o autor, Maio de 68 não acabou com a autoridade, que já vinha sofrendo um enfraquecimento generalizado em todas as ordens, do político ao cultural. “Os adolescentes provindos das classes burguesas privilegiadas da França, que protagonizaram aquele divertido carnaval, que proclamou ‘É proibido proibir’, estenderam ao conceito de autoridade seu atestado de óbito”, disse o conferencista. Para ele, isso teria dado legitimidade e glamour à ideia de que toda autoridade é suspeita, perniciosa e detestável e que o mais nobre e libertário é desconhecê-la e destruí-la. “O poder não se viu nem um pouco afetado com essa audácia dos jovens rebeldes que, sem saber, levaram às barricadas os ideais iconoclastas de pensadores como Michel Foucault e Jacques Derrida. A autoridade no sentido romano, não de poder, senão de prestígio e crédito, que reconhece a uma pessoa ou instituição por sua qualidade ou competência, não voltou a reviver”, lamentou o escritor, lembrando que são poucas as figuras que exercem esse papel do exemplo moral e, ao mesmo tempo, da autoridade clássica.
Mario Vargas Llosa encerrou sua conferência defendendo que um bom livro nos aproxima da existência humana e de seus mistérios. “Os livros ajudam a viver.
A cultura pode ser experimento de reflexão, pensamento e sonho, paixão e poesia.É uma revisão crítica constante e profunda de todas as certezas, convicções, teorias e crenças”, concluiu o convidado que, após a conferência, respondeu às diversas perguntas da plateia e concedeu uma sessão de autógrafos.
O Prêmio Nobel
As perguntas do público ao Nobel de Literatura abrangeram os mais diversos assuntos do universo de Llosa: livro eletrônico, influências literárias, América Latina e a opinião sobre autores da literatura brasileira e hispano-americana. O bom humor de Vargas Llosa divertiu a plateia que permaneceu até o final, ouvindo-o com atenção. O convidado ainda foi questionado sobre suas obras e personagens – principalmente Ricardo, do livro Travessuras da menina má -, e até sobre o uso que daria ao dinheiro recebido pelo Prêmio Nobel (1,5 milhão de dólares). Ele disse que a decisão sobre o uso do dinheiro cabe à Patrícia, sua esposa, e que espera que ela seja generosa, dando a ele uns "trocadinhos" para investir em livros. Ainda sobre o prêmio, afirmou desconhecer a razão da escolha e que esperava que fosse por sua obra. Contudo, o escritor lembrou que a maioria dos escritores são reconhecidos apenas após a morte. Llosa disse sentir um certo desconforto pelo fato de ele ter merecido o Nobel, enquanto Jorge Luis Borges, um dos maiores escritores da língua espanhola, não ter sido agraciado com o mesmo. “Não me queixo, estou contente de tê-lo recebido, mas espero que tenha sido algo pensado e não um gesto do momento”, brincou o conferencista.
O escritor também explicou o processo criativo que desencadeia um novo livro. Ele sempre parte de uma experiência vivenciada e que, por razões misteriosas, deixa na sua memória imagens que adquirem efervescência e levam a uma primeira redação que sempre lhe é custosa: “Reescrever essa primeira versão é o que me dá maisprazer. Não sou um escritor, e sim um reescritor”, concluiu.

Por Sonia Montaño
 para a Unimed Porto Alegre
http://www.unimedpoa.com.br/cooperados/fique-por-dentro/noticias/noticias/293.aspx
http://www.fronteirasdopensamento.com.br/conferencistas

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

DIA DO MÉDICO 18 de outubro de 2010

Em homenagem ao dia do médico, hoje 18 de outubro de 2010, vou agradar-nos com  imagens do livro  Medicina Homeopática de Ignácio Guasque, editado no ano de 1890 e que neste ano completa 120 anos de sua publicação.  E que talvez seja dos primeiros livros de homeopatia publicados no Rio Grande do Sul.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PLANTAS MEDICINAIS X SUS

Uma lista com 71 plantas de interesse do SUS está sendo divulgada pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos do Ministério da Saúde. Dentre algumas espécies constam a Cynara scolymus (alcachofra), Schinus terebentthifolius (aroeira da praia) e a Uncaria tomentosa (unha-de-gato), usadas pela sabedoria popular e confirmadas cientificamente, para distúrbios de digestão, inflamação vaginal e dores articulares, respectivamente.

A Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (Renisus) apresenta plantas medicinais que apresentam potencial para gerar produtos de interesse ao SUS. A finalidade da lista é orientar estudos e pesquisas que possam subsidiar a elaboração da relação de fitoterápicos disponíveis para uso da população, com segurança e eficácia para o tratamento de determinada doença.
 Fitoterápico, de acordo com a legislação sanitária brasileira, é o medicamento obtido exclusivamente a partir de matérias-primas ativas vegetais. Os fitoterápicos utilizados pelo SUS são aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e, por isso, são considerados seguros e eficazes para a população.
Conheça as plantas medicinais que compõem a RENISUS:

. Achillea millefolium
. Allium sativum
. Aloe spp* (A. vera ou A. barbadensis)
. Alpinia spp* (A. zerumbet ou A. speciosa)
. Anacardium occidentale
. Ananas comosus
. Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea *
 Arrabidaea chica
. Artemisia absinthium
. Baccharis trimera
. Bauhinia spp* (B. affinis, B. forficata ou B. variegata)
. Bidens pilosa
. Calendula officinalis
 Carapa guianensis
. Casearia sylvestris
. Chamomilla recutita = Matricaria chamomilla = Matricaria recutita
. Chenopodium ambrosioides
 .Copaifera spp*
 .Cordia spp* (C. curassavica ou C. verbenacea)*
..Costus spp* (C. scaber ou C. spicatus)
.Croton spp (C. cajucara ou C. zehntneri)
. Curcuma longa
. Cynara scolymus
. Dalbergia subcymosa
. Eleutherine plicata
. Equisetum arvense
. Erythrina mulungu
. Eucalyptus globules
. Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana*
. Foeniculum vulgare
. Glycine Max
. Harpagophytum procumbens
. Jatropha gossypiifolia
. Justicia pectoralis
. Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum*
. Lamium album
. Lippia sidoides
. Malva sylvestris
. Maytenus spp* (M. aquifolium ou M. ilicifolia
. Mentha pulegium
. Mentha spp* (M. crispa, M. piperita ou M. villosa)
. Mikania spp* (M. glomerata ou M. laevigata)
. Momordica charantia
. Morus sp*
. Ocimum gratissimum
. Orbignya speciosa
. Passiflora spp* (P. alata, P. edulis ou P. incarnata)
. Persea spp* (P. gratissima ou P. americana)
. Petroselinum sativum
. Phyllanthus spp* (P. amarus, P.niruri, P. tenellus e P. urinaria)
. Plantago major
. Plectranthus barbatus = Coleus barbatus
. Polygonum spp* (P. acre ou P. hydropiperoides)
. Portulaca pilosa
. Psidium guajava
. Punica granatum
. Rhamnus purshiana
. Ruta graveolens
. Salix Alba
. Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira
. Solanum paniculatum
. Solidago microglossa
. Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatimam
. Syzygium spp* (S. jambolanum ou S. cumini)
. Tabebuia avellanedeae
. Tagetes minuta
. Trifolium pratense
. Uncaria tomentosa
. Vernonia condensata
. Vernonia spp* (V. ruficoma ou V. polyanthes)
. Zingiber officinale

terça-feira, 5 de outubro de 2010

LIGA MEDICORUM HOMOEOPATHICA INTERNATIONALIS - LMHI

Conheça o site da Liga Homeopática Internacional, instituição fundada em Geneve em 1925.
http://liga.iwmh.net/

DEPOIMENTO - A HOMEOPATIA FUNCIONA

  (Imagem: Ledum palustre)
Para muitas pessoas, os medicamentos homeopáticos não passam de soluções aquosas que não contêm nenhum princípio ativo capaz de curar doenças e apenas funcionam graças à autossugestão dos pacientes, que depositam sua fé nos remédios. Em outras palavras – usando o termo que os críticos dessa terapêutica costumam usar –, os medicamentos homeopáticos são apenas placebo, já que funcionariam por sugestão do paciente. Visto dessa maneira, considera-se que as pessoas podem ser influenciadas pelo conhecimento e pela explicação que os terapeutas dão acerca dos benefícios do medicamento selecionado. Ou, ainda, que são influenciadas pela vontade de experimentar em si mesmas um medicamento homeopático que funcionou para outras pessoas, sem saber que, em homeopatia, o que constitui uma medicação eficiente para um doente não necessariamente funciona para outro.
Se esse pensamento estivesse correto, como explicaríamos os resultados obtidos a partir da utilização de medicamentos homeopáticos em animais? Nesse caso, onde estariam a sugestão, a explicação do terapeuta etc.? Os animais não têm consciência disso, simplesmente ficam doentes e reagem como tal, não sendo capazes de distorcer ou inventar um sintoma. De fato, os animais não podem falar para expor seus sofrimentos, de modo que precisamos partir da observação clínica do paciente e das informações dadas pelo criador, que são insuficientes em muitos casos. Dessa forma, os animais ingerem os medicamentos a eles ministrados provavelmente sem dar-se conta de que estão sendo medicados, caso o remédio seja colocado na água ou no alimento.
Em Cuba, a aplicação de terapêuticas naturais é uma opção válida, economicamente viável, uma vez que tem ocorrido, em muitas ocasiões, escassez de medicamentos veterinários devido ao bloqueio econômico dos EUA, afetando inclusive o fornecimento das pré-misturas de vitaminas e minerais que devem ser adicionadas às rações, e que são tão necessárias ao desenvolvimento e ao crescimento de animais de produção. Tais dificuldades foram supridas com o uso de medicamentos homeopáticos, utilizados inclusive para facilitar o consumo de rações de outros tipos e categorias. Um dos medicamentos homeopáticos utilizados foi o Nux Vomica – excelente digestivo – unido a um complexo homeopático composto por Calcárea Fosfórica, Silicia Terra, Ferrum e Avena Sativa, que garantiram tanto o crescimento quanto o aumento de peso de aves criadas para o consumo por trabalhadores, nos chamados comedores obreros . Essas aves estavam sendo alimentadas com ração de porco e, por conta disso, apresentavam alta taxa de mortalidade, atraso no crescimento e baixo aumento de peso, tornando as criações praticamente inviáveis, devido às perdas econômicas acarretadas.
Outra experiência importante foi realizada pelo doutor Yolexis Valdés, que aplicou um complexo homeopático para combater a “picagem”, espécie de canibalismo ocorrido com frequência entre aves quando há deficiência alimentar, tanto na quantidade quanto na qualidade. Ao compararmos o tratamento homeopático realizado com o tratamento habitual, notamos que aquele foi mais efetivo, mais econômico e mais rápido. Também foi feito um controle de carrapatos, utilizando Ledum e Psorinum a 200 CH, pelos doutores Ramón López e Germán Guajardo.
Assim como esses, muitos são os exemplos que podemos apresentar e que podem constituir temas dos próximos artigos, com o objetivo de que a homeopatia seja vista não apenas como outra opção terapêutica, mas como ação preventiva, podendo, inclusive, humanizar e facilitar o trabalho do produtor.

Doutora Aymara M. Hernández Gómez.
Mestre em medicina veterinária, especialista em epizootiologia e especializada em homeopatia.


*refeitórios populares criados em Cuba durante o governo de Fidel Castro e fechados, em 2009, por seu irmão Raul Castro.


http://www.ecomedicina.com.br/site/conteudo/testemunho8.asp